Somos, os municípios, herdeiros de um modelo de estado centralizado. Sem dúvida nosso federalismo é uma constante tentativa de disfarce do caráter centralista do poder em nosso país.

Os municípios brasileiros ficam com 16% do bolo tributário nacional  e são responsáveis por metade da formação bruta de capital fixo realizado pelo setor público em nosso país. E assim continuará até que a Reforma Tributária seja encarada como deve pelos congressistas recentemente eleitos.

Os convênios e emendas parlamentares são os canais de financiamento externo que os municípios possuem, nem sempre à disposição dos municípios, sem antes passar por um rigoroso processo de seleção.

Esse é o quadro acabado do que acontece nos municípios, nenhum  pouco responsável pelo desequilíbrio e a desordem dos gastos da União, governo que há tempos centraliza tudo em detrimento de desejos e decisões estaduais e municipais.

Para a grande maioria dos 5570 municipios brasileiros, a grande questão colocada é a de como incrementar a economia local, como desenvolver e como transformar o município no modelo que o pensador espanhol Ledo Ivo apregoa que “a cidade precisa ter o tamanho do homem.

É por essa razão que as entidades municipalistas, constantemente, criam condições de debates capazes de encontrar o caminho que leva a entender que governar é mais que administrar.

Para isso surgiu o CONEXIDADES, que será pela sexta vez realizado com o propósito de discutir que o privado é importante para o gestor público de sucesso.

Ele veio e cumpre seu papel  para somar, para consolidar e para discutir o roteiro das cidades do futuro.

Para tanto, precisamos encontrar soluções criativas para algumas questões fundamentais. Como gerar mais cooperação entre governo e sociedade? Como desenvolver, com vários atores um projeto mais ousado de desenvolvimento sustentável? Como promover a inclusão social, a qualidade de vida? Como alcançar novo patamar de bem estar socioambiental? Como aproximar a iniciativa privada do Poder Público? Como encontrar o equilíbrio fiscal  e a capacidade de investimento?
Como promover os consórcios intermunicipais como forma de crescer regionalmente?

Principalmente orgulhar-se o administrador de ser “Político”, sem medo de se expressar. Essas conquistas desejadas não serão conseguidas com os que começam uma pregação declarando-se não afeitos à gestão politica.

Governar é sempre um trabalho político que envolve criatividade, poder de decisão, ciência e arte.

Governadores e prefeitos. Secretários e vereadores se querem ser os maiores nesse novo século, que é o século das Cidades, precisam ser melhores no dia-a-dia das politica e da administração, defendendo boas idéias de caráter municipalista, sustentando as boas propostas, valorizando nossas lideranças municipais e estimulando-as a ingressar na vida pública.

São as novas  vocações politicas, o sangue novo  e generoso que vai renovar e elevar o conceito de prestação do serviço público em todos os níveis de todos os Poderes.

Por isso, Jundiaí, cidade exemplo de boa administração futurista será sede ano próximo do 6º Conexidades, realizado pela Multiplicidades, com a parceria estratégica da Uvesp, cujo trabalho tem sido buscar quem sabe para orientar quem precisa.