Engajados na Caravana do Fórum Econômico Brasil-Eslovênia, prefeitos paulistas foram conhecer cases que deram importante título à capital daquele país e assinaram com a ONU, termo de compromisso.

Woca 2018, organizado pelo GCSM – Global Conciul Salles Of Marketing, através de seu presidente Agostinho Turbian e direção geral de Adriana Salles, que inteligentemente escolheram como sede, Liubliana, capital da Eslovênia, nos remete a uma certeza, a de que economia e ecologia não se contradizem, mas condicionam-se reciprocamente.

A capital, que mantém o status de “Capital Europeia do Verde” tem na agenda, preparativos adequados na proteção ambiental que limitam o potencial de dados que pode advir da deterioração do meio ambiente.

O prefeito da cidade sede nos deixou claro que, futuramente cada pessoa deverá assumir os custos da prevenção de problemas ambientais e da utilização do meio ambiente, advindos do seu comportamento produtor ou consumidor.

É por isso que lá, autoridades e sociedade protegem o ecossistema, lixo na rua jamais, crianças aprendendo noções de proteção ambiental. Por isso que um texto que fiz para o JI Digita, reafirmei a máxima de que “Lugar de Lixo… é no Orçamento”.

A disciplina dos moradores surpreendeu a todos, inclusive Patrícia Iglesias, especialista em Meio Ambiente e que, honrosamente, ocupa a representação da ONU AMBIENTAL na parceria com a Universidade de São Paulo. Patrícia escolheu o palco certo para a assinatura de termos de cooperação com os municípios representados pelos prefeitos, que se comprometeram a tentar o cumprimento da Agenda 2030.

Antes mesmo de destacar a importância do relacionamento internacional para nossos municípios, quero me ater um pouco mais na questão ambiental.

Estamos preparados para enfrentar os desafios da mudança do clima? Essa é a questão que nos leva a refletir sobre o “Socorro” que o Planeta está pedindo, através das intempéries que surgem aqui ou acolá.

No período de doze anos entre 1995 e 2006, eles estão entre os mais quentes desde 1850, quando se iniciou o registro da temperatura da superfície global, quase superada nos últimos cinco anos.

No cenário internacional, o Brasil felizmente assume posição de protagonista nos debates a respeito do enfrentamento das mudanças do clima, mas domesticamente, nos ambientes municipais, existe uma dúvida com relação ao fato de estar nosso País minimamente preparado para fazer frente aos desafios impostos pelas alterações climáticas. Analisando sob a ótica das pessoas, a resposta é não. Lixo eletrônico, lixo doméstico, móveis e outros agressores da natureza são vistos a olho nu às margens dos Rios Pinheiro e Tietê, em São Paulo, se quisermos apenas um exemplo.

Todavia, sob a agenda dos Prefeitos, já são notadas iniciativas no sentido de promover uma adaptação das atividades humanas à futura mudança climática. É sabido que parcela do aquecimento global já não pode mais ser evitada, por ser decorrente de emissões passadas.

 

Fórum Econômico Brasil Eslovênia. Presídio por Marcelo Ramos, o Fórum reuniu autoridades que discutiram o desenvolvimento sócio-econômico.Centro de Triagem. Os prefeitos realizaram uma visita ao Centro de Triagem de resíduos sólidos da capital da Eslovênia.

Na condição de organizadora do CONEXIDADES, que aproximou a iniciativa privada do Poder Pública, evento realizado em Ubatuba de 08 a 12 de maio último e que teve a parceria dessa revista, aplaudi a proposta do “Comitê do Futuro” nos municípios, como forma de agir na prevenção de problemas que afetam o desenvolvimento, entre eles, o Meio Ambiente.

Como somos dependentes, praticamente, do agronegócio causa-nos calafrio saber que o aumento da temperatura reduzirá a produtividade agrícola, diminuindo a quantidade de alimentos e a incidência maior, por essa razão, de doenças como a malária e a dengue.

Durante o Fórum Econômico Brasil/ Eslovênia, presidido por Marcelo Ramos, tive a alegria de presidir o painel “O Poder das Cidades no desenvolvimento sócio econômico”, onde todos aprofundaram nas informações sobre as ações que levaram Liubliana a receber o título que sua gente ostenta com muito orgulho, o que vale reproduzir a feliz observação do Embaixador do Brasil na Eslovênia, Renato Mosca. “Aqui se aprende a transformar o futuro”.

O embaixador brasileiro tornou-se um incondicional admirador das questões ambientais na Eslovênia e entende que outros exemplos relacionados à sustentabilidade devem ser explorados pelos prefeitos brasileiros.

 

Anfitriões do Evento. Agostinho Turbian, presidente da GCSM - Global Council Sales Marketing - e Adriana Salles, Diretora Geral do WOCA - World Company Award.Painel dos prefeitos e consórcios. Nos painéis todos aprofundaram nas informações sobre as ações que levaram Lubliana a receber o título de "Capital Européia do Verde".
 

• WOCA E A ECONOMIA •

O ex-governador Geraldo Alckmin sempre diz que o Brasil só caminhará se abrir suas fronteiras para o investimento internacional o que nos levará a um “Grande Canteiro de Obras”.

A intenção da organização do Woca, este ano, presidido pelo empresário Acácio Queiroz, a meu ver, é exatamente dar uma contribuição ao desempenho dessa proposta de “Investimentos em fronteiras”, levando empresários, executivos que, ao seu modo e dentro de sua expertise, dão sólida contribuição ao “Investimento Brasil”.

Vivenciamos a transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento e dessa para o século dos municípios. Tudo que for acontecer daqui pra frente, passa necessariamente pelo Poder Local.

Sintonizados com essa mudança de paradigma, recebemos, na Uvesp, a proposta de nos aliarmos a esse grupo, juntando prefeitos que tenham o que mostrar nessas experiências internacionais.

Como o mundo está todo interconectado e as pequenas causas têm grandes efeitos, nossa diretoria entendeu que esse poderia ser um caminho para mostrar “cases de sucesso” e migrar experiências exitosas para ampliar o rumo das administrações.

Em três oportunidades estivemos juntos, assistindo exposições de prefeitos e de vereadores representando municípios. Em Portugal, Peru e Eslovênia os prefeitos Duarte Nogueira (Ribeirão Preto), Paulo Barbosa (Santos), André Bozola (Socorro), Antonio Neto (Altair), Simone Marquetto (Itapetininga), Dimar de Brito (Santa Cruz da Esperança), Gabriel Rosatti (Luis Antonio), Alcides Moura Campos Junior (Laranjal Paulista), Marco Aurélio (Itanhaém), Lucas Pocay (Ourinhos), Guilherme Ávila (Barretos), Marco Melhado (vereador Pedro Toledo e Presidente Consórcio CODIVAR/UVESP), Edesio Cavalcanti (Parlamento Intermunicipal do Oeste da Bahia).

São agentes públicos, prefeitos e vereadores, voltados para o desenvolvimento sustentável. Dão, assim, um bom exemplo aos seus colegas, ao mostrar que, pelo meio ambiente, chegaremos ao desenvolvimento sócio-econômico que precisamos.

 

Autoridades da Eslovênia.

Silvia Melo • Diretora de Comunicação da UVESP