A UVESP realizou, em julho, a terceira edição de 2021 do Intercidades, com foco nos projetos do Desenvolve SP para a retomada da economia. Contando com picos de participação de mais de 500 pessoas, o seminário foi totalmente online e transmitido pelas redes sociais. A instituição financeira do Go- verno do Estado de São Paulo que ampara o desenvolvimento de micro, pequenas e médias empresas, assim como de municípios paulistas apresentou suas principais linhas de crédito para o segmento público e privado, além de explanar sobre o que vem sendo feito durante a pandemia. “O Desenvolve SP oferece uma série de possibilidades em linhas de crédito para municípios e micro, pequenas e médias empresas de todo o Estado de São Paulo. São condições especiais para gestores públicos e empresários investirem em infraestrutura, maquinário, modernização, sustentabilidade e inovação, necessidades que a retomada da economia vai exigir”, afirma o Presidente da instituição, Nelson de Souza. Segundo Souza, o Banco do Empreendedor conseguiu colocar na economia do Estado de São Paulo mais de dois bilhões de reais durante a pandemia. Sendo que, desse valor, 800 milhões foram de recursos próprios do Governo do Estado e os demais fomos buscar em captações nacionais, como BN-DES, FINEP e FUNGETUR, sem deixar de fora os bancos repassadores internacionais, como CAF, BID e o Banco Mundial.
“Agora estamos trabalhando na retomada da economia. Tivemos o cuidado de continuar buscando recursos junto aos repassadores nacionais, mas fomos buscar mais recursos fora do país, com instituições internacionais ou bancos multilaterais. Nós tínhamos, por internacionalizar, agora para a retomada da economia, 4,5 bilhões de reais para que possamos aplicar em infraestrutura dos municípios, compra de máquinas e equipamentos, e também suprir as micro e pequenas empresas de capital de giro. E, para aquelas que tiveram que engavetar seus projetos durante a pandemia, possam investir dentro do Estado tornando possível ter a retomada da economia saudável, geração de emprego e renda”, acrescentou o presidente.
O evento também abordou assuntos relacionados ao turismo e agronegócio, dois setores de grande relevância para a economia paulista neste momento de retomada. O turismo é um dos setores econômicos mais promissores desta retomada – e deve avançar no mesmo ritmo do avanço da vacinação. Com o fim da aplicação da primeira dose em agosto, em São Paulo, espera-se uma redução ainda maior no número de infectados pela Covid-19, inter- nados e óbitos, o que deve acionar o turismo de maneira progressiva e sustentável neste semestre. “O turismo tem capacidade rápida de resposta. Nos dois primeiros meses do ano, por exemplo, o saldo de empregos, negativo em 128 mil postos em 2020, ficou no positivo – em fevereiro, ainda com perspectivas positivas antes do novo agravamento, foram gerados 4,2 mil empregos no estado. O recrudescimento da pandemia, contudo, fez com que, desde o início da pandemia, a perda acumulada (saldo) esteja em torno de menos 150 mil empregos no Estado. A expectativa, com base no avanço da vacinação, é de que pelo menos 10 mil empregos sejam gerados por mês (saldo positivo) já a partir do segundo semestre de 2021”, afirma o secretário de Turismo e Viagens do Estado, Vinicius Lummertz. Ainda segundo Lummertz, em 2020, foram repassados R$ 223,3 milhões para as cidades turísticas, o maior valor dos últimos cinco anos. “O crédito turístico, em parce- ria com as linhas de financiamento do Desenvolve SP, é um motor que acelera o desenvolvimento do setor, apoiando empresários e empreendedores na implantação de projetos de turismo, na retomada pós pandemia”, conclui. Já o agronegócio, também apontado como uma das âncoras da economia paulista, fechou com superávit de US$ 5,53 bilhões no acumulado de 2021 até maio. E um dos destaques do setor no Estado é o Vale do Futuro, programa de governança integrada entre Estado, prefeituras e sociedade civil que visa transformar os 22 municípios de uma das regiões mais ricas em biodiversidade do Estado em modelo de desenvolvimento regional baseado na exploração sustentável da riqueza socioambiental da Mata Atlântica, foi um dos temas abordados. “É um momento de transformação onde a qualidade de vida tem sido identificada nos programas colocados à disposição da nossa região do Vale do Ribeira”, diz o Coordenador do Programa Vale do Futuro, Marco Aurélio Gomes. Na primeira quinzena de agosto, inclusive, foi anunciada uma série de ações de incentivo aos produto- res rurais no Estado de São Paulo, tais como o lançamento dos programas AgroSP+Seguro e Município AgroSP, além da liberação de R$ 215 milhões para linhas de crédito e seguro rural. Segundo o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, Itamar Borges, o setor tem grande importância para a pasta, já que é responsável por 14% do PIB e por 40% das exportações estaduais. “Desde o primeiro dia tenho, junto com o secretário-executivo Francisco Matturro, ouvido nosso time da Secretaria, as empresas, associações, cooperativas, produto- res, prefeitos, parlamento e todos os elos da cadeia produtiva do Agro”, afirmou durante evento de lança- mento dos programas. O Intercidades contou ainda com a participação de: Wilson Poit, Diretor Superintendente do Sebrae- -SP, Tirso Meirelles, Presidente do Sebrae-SP, Mauro Miranda, Superintendente de Negócios do Setor Público do Desenvolve SP, Marco Antonio Melhado, empresário do Vale do Ribeira, Ana Paula Shuay, Superintendente de Negócios do Setor Privado do Desenvolve SP, Dinoel Pedro- so Rocha, Prefeito de Eldorado, e Marco Antonio de Oliveira, Prefeito de Morungaba e Presidente da APRECESP. Além de depoimentos de Duarte Nogueira, Prefeito de Ribeirão Preto, Rodrigo Garcia, Vice-Governador do Estado e João Dória, Governador do Estado de São Paulo.