FREPEM aponta necessidades dos empreendedores paulistanos

Pequenas e microempresas tem grande força no cenário econômico do estado de São Paulo

o Estado de São Paulo, cerca de 98% das empresas paulistas estão na categoria de micro e pequenas empresas (MPEs), perfazendo um número de 2.205.392 empresas e 200 mil estabelecimentos rurais dentro desse enquadramento, segundo dados do Sebrae-SP com base no RAIS/MTE e do Censo Agropecuário do IBGE. As chamadas MEIs (Microempreendedor Individual), também são consideráveis, em um total de 2.989.252 em atividade.

Ao se deparar com esses números, vemos a força de produção dessas e empresas, que ainda garantem a empregabilidade de 67% das pessoas “ocupadas” no Estado de São Paulo. (Ocupados = empregados + donos dos negócios).

Mesmo com a força que tem, ainda sofrem com a falta de políticas públicas que visam melhorar o ambiente empreendedor paulista. Dentre elas: Simplificação tributária, desburocratização, acesso ao crédito, novos mercados e inovação tecnológica, educação empreendedora, arranjos produtivos locais, capacitação e orientação técnica, incentivo ao associativismo e cooperativismo, revisão da política de substituição tributária e ICMS, cultura e economia criativa, desenvolvimento do turismo, produção artesanal, incentivo para micro e pequenas empresas venderem mais para o estado, incentivo às práticas ESG – Ambiental, Social e Governança, entre outras.

Com olhar na importância econômica e social dessas empresas, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo – FREPEM, que tem na sua presidência o deputado Itamar Borges e na secretaria executiva Carlos Alberto Baptistão, presidente do Sescon-SP, tem promovido reuniões técnicas com diversas entidades que tem como foco o empreendedorismo, para confecção de uma carta de intenções a ser entregue ao novo governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com o objetivo de apresentar ações práticas para o desenvolvimento econômico e inovação, geração de emprego e renda, competitividade do setor produtivo, fortalecimento do empreendedorismo, indústria, comércio, serviços, turismo e agronegócio, além de ações para desburocratização da gestão pública e desoneração tributária.

“Nossas propostas convergem com as do governo que virá, portanto acredito que conseguiremos bons resultados para o apoio ao empreendedorismo paulista. Nosso papel é a criação de boas políticas públicas, que sempre foram bem recebidas e apoiadas pelo executivo”, comenta o deputado Itamar Borges, presidente da FREPEM.
No último dia 14, no Plenário Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa, a reunião técnica da FREPEM, reuniu várias instituições de apoio ao empreendedorismo, inclusive com representantes de universidades, entre elas a USP.

“A Universidade de São Paulo, em parceria com CNPQ, Fiesp, Sebrae, Faesp, entre outros, trabalha também na pesquisa para novas criações, que acabam por muitas vezes gerar starups que fazem e farão a diferença no contexto nacional, e estamos aqui para ajudar que esse protagonismo tenha seu conforto jurídico e econômico”, posicionou Tito José Bonagamba, coordenador do Centro de Inovação da USP durante a reunião.

A carta será entregue em janeiro próximo, após a posse do novo Governador Tarcísio de Freitas.

Patricia de Campos
Jornalista
patricia.campos@uvesp.com.br