Por: Sebastião Misiara
Iniciei a minha vida pública na década de 1970. Na Faculdade de Direito, nos cursos de especialização, tive um professor, o Clóvis de Barros, salvo melhor juízo, da USP, que respondeu a uma pergunta que fiz, sobre a ideologia política ideal.
Em resposta ouvi: “Escolha em cada partido os tópicos do programa que se identificam com você e faça o seu partido”.
O principio liberal foi o que mais se aproximou dos meus pensamentos e ideais. O liberalismo, que nasceu no século XVII, sob a inspiração do filosofo inglês, John Locke, tem ideais de liberdade no mais amplo sentido da palavra. E no século XVIII, o filósofo e economista escocês Adam Smith ampliou o neoliberalismo econômico, com a proposta do Livre Mercado.
Comecei na vida pública em 1972, elegendo-me vereador. No ano seguinte, com a crise mundial, em razão do preço do petróleo, o neoliberalismo ganhou força e se tornou uma grande opção para a vida pública.
Nas minhas opções estavam a diminuição do Estado, a doutrina liberal, o sistema representativo, normas respeitadoras para as exigências do mercado, desestatização do Estado Brasileiro.
Ampliei, também, para o conceito de Adam Smith, pois a modernização das liberdades civis para o campo da economia gerou em todo o mundo a maior propulsão na produção de riquezas e de melhorias da qualidade de vida. Foi uma obra do capitalismo liberal e da democracia constitucional.
Na doutrina liberal, o coro que mais procurei engrossar foi o da liberdade, com a convicção de que todo homem ou mulher tem o direito de buscar a sua realização pessoal. E o que mais me orgulho pela escolha foi de que os liberais sempre se colocaram contra a tirania e a opressão exercida pelo poder sobre a pessoa humana.
Tive a oportunidade de, com meu próprio esforço, de cursar três faculdades: Direito, Pedagogia e Jornalismo e nunca consegui nos cursos de formação política encontrar outro modelo melhor do que o neoliberalismo.
É essa mais antiga de todas as lutas, a de que todos possam exercitar sua própria criatividade, traz um exemplo que quero exaltar na figura do Secretário-Diretor Geral do Tribunal de Contas do Estado, Sérgio Ciquera Rossi.
Ele escolheu a vida pública como modelo de que a liberdade gera oportunidades. Ingressou no Tribunal de Contas do Estado em 23 de setembro de 1970, com 21 anos, ocupou por esforço e liberdade de estudar e buscar conhecimento, praticamente todos os cargos, da carreira finalística do TCE. Foi nomeado, graças ao seu esforço, Secretário-Diretor Geral da Corte.
Sua posição é a mesma. Em todos os tempos lutou pela formação de uma Sociedade de Cidadãos. Aceita todos os convites que o levam a ajudar na capacitação do homem público, cujo resultado final é o bom mandato para forjar cidadania
Agora ao completar 50 anos de Tribunal, Sérgio encontra nos títulos de “Cidadania” que tem recebido das Câmaras Municipais, a retribuição pela sua vida dedicada a orientar os que cuidam da coisa pública.
Não fosse a liberdade de escolha não estaria onde está. E não fosse sua vontade de ajudar quem está próximo do povo, não teríamos tantos agentes públicos bons que fazem da política um instrumento de transformação.