A voz das mulheres dando alerta à sociedade

Foi realizada na Câmara Municipal de São Paulo, no último dia 25, A Virada Feminina 2023, quando na mesma data é celebrado o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, em um evento com 12 horas de atividades.

O evento promoveu o diálogo e ações contra o feminicídio e a favor da igualdade de gênero, contou com uma agenda de 13 painéis, incluindo debates, narrativas pessoais, exibições de filmes e apresentações musicais, além de atendimentos médicos, onde puderam fazer gratuitamente exames de papanicolau e testes de doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e sífilis.

A realização do evento foi da vereadora Dra. Sandra Tadeu (União Brasil) e do Instituto Virada Feminina. A parlamentar, que é médica pediatra e sanitarista, preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência e Assédio Sexual Contra Mulheres e autora da lei que institui a campanha de combate à importunação sexual no transporte público.

“É muito importante que estejamos discutindo e propondo soluções pelo fim da violência contra as mulheres. A Câmara Municipal é o grande espaço de debates da cidade e receber um evento como a Virada Feminina é fundamental para que possamos propor soluções e dar visibilidade ao tema.”, comenta a vereadora Dra. Sandra.

Durante o encontro foi proposta uma série de diálogos sobre racismo, preconceito e xenofobia, buscando mostrar ações afirmativas, legislação e demais atitudes que possam coibir, minimizar e garantir a convivência entre pares.

“Para nós é de suma importância estarmos realizando nosso encontro, aqui, na Câmara Municipal de São Paulo, que é uma casa onde fazem as leis. O feminicídio e outros tantos assuntos relativos à violência contra mulheres e contra as minorias, acaba aqui ressoando e fazendo reverberar nos gabinetes locais”, diz Marta Livia Suplicy, pedagoga, presidente Nacional da Virada Feminina.

Marta Livia Suplicy, pedagoga, presidente Nacional da Virada Feminina

A iniciativa já alcançou outros países como Itália, Emirados Árabes e Argentina, onde são realizadas ações efetivas sobre o tema.

Patricia de Campos
Jornalista
patricia.campos@uvesp.com.br